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Alorssss....
É chegada a hora e o minuto de revelar toda a verdade (ou quase toda) sobre o melancolioso estado de espírito de Mestre Piolo de Botiphar. Semanas se passaram sobre o convite de Mestre Grou, o Misterioso, para um chá no Salão dos Valetes de Espadas. O chá sobre a mesa fumegou e esfriou. O bolo secou. Mestre Grou, o Misterioso, às voltas no Salão andou. Nem sombra de Mestre Piolo; nem sinais de sua impecável liteira. Mestre Grou procurou na Biblioteca Máxima, onde Mestre Piolo regularmente se acoitava inventariando inventário de inventário. Procurou nos Jardins de Júpiter e Vénus, nos de Saturno e nos de Saturnim. Nada. Mestre Grou no dourado cadeirão se sentou, exausto e pensativo e murmurou: 'quem me dera ainda em Veneza...' Foi então que Mestre Grou decidiu fazer uso de suas artes e na cobertura do bolo de chocolate um profundíssimo sulco abriu. Em mil pedaços o bolo no soalho se espalhou e Mestre Grou solenemente se ajoelhou. Após uma longa récita mágica em aramaico, uma transparente película ectoplásmica se formou e nela o rosto de Mestre Piolo palidamente se desenhou. Mestre Piolo suspirava, sentado num penhasco, catando pétala de margarida e cantarolando baixinho, alheio ao mundo terreno e à baratinha que, com uma peruca aos caracóis a lira docemente tocava, equilibrando-se num galho do arbusto onde Mestre Piolo se havia acomodado. 'Élise...ahhh...Élise', murmurava. Como chegar a ti, nobre dama? Se meu coração arde do mais puro amor que a razão ofusca...apenas as violentas ondas do oceano entendem o pulsar de minha alma...ahhhhh, Élise! Cândida e púdica Élise..O pudor é para a donzela o que é para o sacerdote a fé...Como sois virtuosa...'
Esfumando-se no ar, a visão deixara Mestre Grou, o Misterioso, de olos arregalados e de sangue raiados. Quem seria a dama de seu nome Élise? Iria descobrir.
É chegada a hora e o minuto de revelar toda a verdade (ou quase toda) sobre o melancolioso estado de espírito de Mestre Piolo de Botiphar. Semanas se passaram sobre o convite de Mestre Grou, o Misterioso, para um chá no Salão dos Valetes de Espadas. O chá sobre a mesa fumegou e esfriou. O bolo secou. Mestre Grou, o Misterioso, às voltas no Salão andou. Nem sombra de Mestre Piolo; nem sinais de sua impecável liteira. Mestre Grou procurou na Biblioteca Máxima, onde Mestre Piolo regularmente se acoitava inventariando inventário de inventário. Procurou nos Jardins de Júpiter e Vénus, nos de Saturno e nos de Saturnim. Nada. Mestre Grou no dourado cadeirão se sentou, exausto e pensativo e murmurou: 'quem me dera ainda em Veneza...' Foi então que Mestre Grou decidiu fazer uso de suas artes e na cobertura do bolo de chocolate um profundíssimo sulco abriu. Em mil pedaços o bolo no soalho se espalhou e Mestre Grou solenemente se ajoelhou. Após uma longa récita mágica em aramaico, uma transparente película ectoplásmica se formou e nela o rosto de Mestre Piolo palidamente se desenhou. Mestre Piolo suspirava, sentado num penhasco, catando pétala de margarida e cantarolando baixinho, alheio ao mundo terreno e à baratinha que, com uma peruca aos caracóis a lira docemente tocava, equilibrando-se num galho do arbusto onde Mestre Piolo se havia acomodado. 'Élise...ahhh...Élise', murmurava. Como chegar a ti, nobre dama? Se meu coração arde do mais puro amor que a razão ofusca...apenas as violentas ondas do oceano entendem o pulsar de minha alma...ahhhhh, Élise! Cândida e púdica Élise..O pudor é para a donzela o que é para o sacerdote a fé...Como sois virtuosa...'
Esfumando-se no ar, a visão deixara Mestre Grou, o Misterioso, de olos arregalados e de sangue raiados. Quem seria a dama de seu nome Élise? Iria descobrir.
* Imagem de Mestre Grou no Salão dos Valetes de Espadas
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